Stories: An Angel over the São Francisco River
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| Um Anjo Sobre o São Francisco
Bem no início de nossa missão, estávamos a caminho de Aracaju, Sergipe, para uma conferência da missão e decidimos cortar caminho por Penedo, bela cidade histórica situada na margem alagoana do Rio São Francisco. Dessa maneira, poderíamos visitar os missionários que ali trabalhavam e levar-lhes correspondência e material de proselitismo. A nossa rota nos obrigaria a atravessar o rio numa balsa.
Depois de visitarmos os missionários, dirigimo-nos à margem do rio e estacionamos ao lado de outros carros que aguardavam a balsa. Um jovem aproximou-se de nós e puxou conversa. Já o conhecíamos de viagens anteriores, mas desta vez ele nos falou que os missionários haviam visitado sua família e que ele gostara da mensagem. Esse jovem ganhava uns trocados limpando pára-brisas dos carros que esperavam a balsa. Logo, ele se despediu de nós, desejou-nos boa viagem e começou a conversar com um cavalheiro do carro ao lado, um sedã branco e novo.
O homem havia aberto a porta, devido ao calor, e colocara as pernas para fora. Prestamos pouca atenção ao que ocorria, até que ouvimos o homem dizer em voz bem alta: Não acredito em Deus, porque Deus não existe! O rapazinho firmemente respondeu: Deus existe sim e nos ama a todos. O homem então disse: Se Deus existisse e se Ele fosse bom, você não estaria aqui lavando carros para ganhar uns trocados. Você estaria rico e estaria em um carro importado! Obviamente o homem havia notado nossas plaquetas missionárias e estava se referindo ao carro da missão.
Fiquei tão chocada com o que ouvi, que pedi a meu marido para estacionar o carro em outro lugar onde não fôssemos obrigados a ouvir tais blasfêmias. Meu marido disse-me para não prestar atenção ao que estava sendo dito, fechou as janelas do carro e ligou o CD-player com um disco do Coro do Tabernáculo Mórmon. Apesar de estarmos então livres da influência maligna, eu me sentia amarga e com raiva. Eu realmente sentia tristeza e até desprezo por aquele homem pelo que ele havia dito. Desejei em meu coração que o Senhor enviasse um anjo para repreendê-lo e mostrar-lhe que ele estava errado.
Minutos mais tarde, a balsa atracou e os carros começaram a ocupar as posições que lhes eram indicadas a bordo. Orei para que ficássemos longe do sedã branco. Em meu coração, eu não sentia amor nem compaixão, mas só um desejo de que aquele homem recebesse uma lição. Embora não tivesse oferecido uma oração, o Senhor verdadeiramente enviou um anjo que ensinou uma lição àquele homem e também a nós todos que ali estávamos.
Após estacionar o carro a bordo, o homem saíra do carro e ficara de pé à sombra da plataforma da balsa.. Foi aí que vi o anjo aproximando-se dele. O anjo aproximou-se dele, estendeu a mão e disse-lhe: Como vai? Meu nome é Élder Garner. Qual é o seu?
De onde estávamos não pudemos ouvir essas palavras nem as que se seguiram, mas Élder Queiroz, companheiro de Élder Garner, contou-nos depois o que ocorreu. Sem que percebêssemos, os dois jovens assistentes haviam saído do nosso carro e haviam se dirigido àquele homem e falado a ele com carinho e amizade sinceras. Outras pessoas aproximaram-se e logo muitos ouviram o valente testemunho dos dois representantes de Jesus Cristo. O homem, de início, ainda quis argumentar, dizendo que religião era puro interesse, no qual sempre alguém levava vantagem. Élder Garner então lhe disse: Será que é vantajoso para mim? Eu saí de meu país para vir aqui pregar, pagando minhas próprias despesas, larguei minha família, namorada, estudos e conforto. Desarmado, o homem os ouviu.
Alguns quilômetros depois do rio, o sedã branco passou por nós e o homem acenou amigavelmente para nós. Ele tinha consigo alguns folhetos missionários. Com certeza, sua opinião sobre a Igreja de Jesus Cristo havia mudado. Ainda não sabemos se a experiência fez diferença na vida daquele homem, mas para meu marido e para mim foi uma grande lição. O Senhor realmente enviara um anjo para ajudar seus filhos e realmente nos abençoou, ensinando-nos a ser melhores missionários.
Maria Luiza Carvalho Lopes Ala Pampulha |
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